domingo, 17 de julho de 2011

           Duas coisas sobre mim. Primeira: eu sempre rezo antes de dormir. Segunda: Deus sempre me atende.

          Uma noite eu pedi à Deus que te abençoasse. Pedi que ele estivesse presente na tua vida, assim como tu está na minha.  Orei pra que ele guiasse teus passos, iluminasse o teu caminho, te ajudasse nas escolhas, te oferecesse oportunidades. Mas isso eu peço sempre.
          Então nessa noite eu pedi que você pudesse sentir exatamente o que eu sinto por ti, na mesma intensidade, mesmo que longe e em qualquer lugar que você estivesse.  Mesmo sem saber o que era e por quem era, que teu coração pudesse bater no mesmo ritmo do meu, com o mesmo sentimento de alguém que te ama muito. Que por algum momento, por menor que fosse, você pudesse conhecer esse amor que só eu sinto, que só eu entendo e que, em muitas vezes, só eu acredito.
          E pedi mais, pedi um sinal. Algo claro e que me fizesse entender se meu sentimento é verdadeiro e se vale a pena, ou se é bobagem e não me leva à nada. Procurava uma possibilidade de perceber se eu já havia passado dos limites ou se ainda tinha o que alcançar.
          E terminei minha oração agradecendo. Agradecendo por Deus ter me feito feliz a partir do momento em que te colocou no meu caminho e em todas as vezes que ele te faz feliz. Agradecendo por ele cuidar de ti, já que eu não posso cuidar. Agradecendo por você existir e ter me mostrado que o amor existe de toda e qualquer forma, mesmo sem saber.
Isso foi na noite do dia 21 de Fevereiro, 1:30 da manhã.

Antes de sair do Twitter, eu escrevi isso:
Eu tenho tido grandes variações de humor, sabe. Tipo, tô MUITO feliz e depois de 2 segundos eu fico MUITO triste. Tem que ver isso aí.

          Antes da faculdade, sempre que acordava eu ia no teu Twitter ver o que eu tinha perdido enquanto dormia. Era uma das primeiras coisas que eu fazia no dia.

Então eu li isso:
Amar é uma merda, né? Você pode ficar muito feliz e depois muito triste. E vice-versa. D-ABO DE SENTIMENTO.
E isso foi na noite do dia 21 de Fevereiro, 1:30 da manhã.

          Eu não sei se esse foi o sinal que eu pedi, e provavelmente não seja, ou seja, mas isso eu nunca vou saber. Eu não sei o que você exatamente sentiu naquela noite, e isso também é provável que eu nunca vá descobrir. A única certeza que eu tenho é que, com sinal ou sem sinal, eu nunca vou desistir de ti. E não digo isso porque é algo bonito de se dizer, digo consciente do sentido que isso tem.
          Pode ser que o que aconteceu não tenha significado nenhum. Coincidências existem, não é? Mas confesso que parte de mim gosta de acreditar que isso diga algo, e isso faz com que o que aconteceu tenha um significado ao menos para mim.
          Desculpa essa menina boba e apaixonada que vê o amor em qualquer parede branca e vazia e que procura sinais que façam ela acreditar que também pode ser amada por quem ela mais deseja. Tudo isso pode ser bem bobo, é verdade, mas eu prometi a mim mesma que um dia eu te contaria essa história que é ao menos fofa.

          Não sou a primeira e nem vou ser a última a dizer que te ama, é nisso que dá nascer assim tão lindo por dentro e por fora. Sei que fica meio difícil acreditar em todas essas declarações, então te peço: acredita pelo menos em uma.
         É pouco provável que alguém possa sentir algo tão forte por uma pessoa a qual não convive, não conversa, não escuta, não conhece. Eu mesma não acreditaria se me dissessem, mas passo a não ter dúvidas no momento em que sinto, e hoje me pergunto como isso pode ter acontecido. E o que me faz ter certeza que meu sentimento é tão real? Você. Cada momento que vejo uma foto tua e dá vontade de largar tudo e sair correndo te abraçar. Cada vez que tua alegria se torna minha alegria, e tua dor se torna a minha dor. Cada vez que fico feliz com teu sorriso e sofro com teu choro. Cada instante que penso em ti e quero te proteger, te cuidar, te botar no colo e te fazer um carinho. Cada vez que deixo de pensar em mim pra pensar em você. Toda vez que meu coração bate, toda vez que eu respiro, tenho certeza que te amo.
          Não ter você por perto não diminui a beleza e nem induz à desconfiança do que sinto, porque eu não preciso de mais nada que me prove que é real. Sei que sou capaz de sentir de longe tudo que eu sentiria se estivéssemos perto.
          É claro que um dos meus maiores desejos é te ver, te abraçar, sentir teu cheiro, ouvir tua voz, olhar nos teus olhos, estar do teu lado... mas isso não é tudo que importa, porque de qualquer forma meu amor vai existir. Até porque eu tenho medo... medo de, depois de tanto tempo querendo ter você comigo, ter que deixar você partir e te ver indo embora mais uma vez.
          Mas não precisa se sentir culpado por não poder retribuir, nem ficar com pena de mim. Tudo bem, dói gostar tanto assim de alguém que não está perto de você ao menos pra ver a cara de boba que você faz quando ele sorri, mas passa. Essa dor as vezes volta, mas sempre tem um fim. Eu já chorei muitas vezes e ainda choro toda vez que enxergo a distância que existe entre meu sonho e a realidade, entre eu e você, mas eu realmente não me importo. Isso porque esse amor cura mais do que machuca, constrói mais do que destrói, alegra mais do que entristece, consola mais do que desanima. Se eu for ver os prós e os contras, acabo saindo no lucro. E sabe porque? Porque eu tenho um sentimento lindo aqui dentro de mim que me faz querer viver e vencer cada vez mais. Eu admiro alguém que merece ser admirado, amo alguém digno de ser amado, porque tu não é alguém comum Federico. Eu tenho alguém que me faz sorrir quando eu preciso, alguém que me fortalece, alguém que me faz bem. E eu fico me perguntando se você tem o poder de conseguir tudo isso estando longe, do que não seria capaz se estivesse perto. O fato é que eu amo te amar, e tenho amor o suficiente para nós dois. Amo dormir e acordar pensando em ti, e isso torna qualquer dificuldade algo tão insignificante e sem importância nenhuma pra mim.
          Nesse ano eu passei por uma grande mudança, talvez a maior da minha vida até hoje. Saí de casa pra morar sozinha num lugar que eu não conhecia por causa da faculdade, quase nos mesmos dias que você também saiu de casa. Eu entendi tudo o que você estava passando, e passei junto contigo cada alegria e cada tristeza que uma mudança como essa nos traz. E toda vez que pensei que talvez isso fosse demais para o que eu podia suportar, eu pensei em você. Toda vez que pensei que eu não seria capaz, eu pensei em você. Porque lembrar que estamos abaixo do mesmo céu, de alguma forma me confortava. Me fortalecia o fato de saber que você existe. O anel que você usa, eu uso também que é pra eu não me sentir sozinha, e eu realmente nunca me senti só. E é por essa e muitas outras razões que fazem eu não me importar com distância ou qualquer outra coisa.

Procurei no dicionário o significado da palavra “amor” afim de ter uma definição, como se fosse possível palavras explicarem o real sentido de um sentimento tão profundo, mas dizia o seguinte:  Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição.” É isso que eu sinto em relação à ti, um desejo enorme de te ver vencer e uma vontade tamanha de te proteger. Você é o meu tesouro que eu quero cuidar pra toda a vida.

Por mais que eu escreva muito, sinto que nunca vou conseguir dizer tudo. Na verdade, não digo quase nada. Na segunda ou terceira vez que eu ler o que escrevi, vou achar tudo muito vago, tão comum e tão igual ao que sempre dizem e sem nenhum sentido. Mas enfim, acho que pela primeira vez fui capaz de falar maior parte do que queria que tu soubesse. Não sei se um dia tu vai ler, até porque recém agora fui ver o tamanho gigante que ficou isso aqui, mas agora eu peço mais uma vez à Deus uma coisa: se você naquela noite não pode sentir o que sinto por ti, que seja capaz de sentir agora ao ler essa carta, só pra ter noção da verdade e a intensidade que tudo isso tem.


@murepando (@PorDevito)

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